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🟢 Entre a Razão e o Invisível (filme 10/48)

  • Foto do escritor: André
    André
  • 4 de jun.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 28 de ago.

Como um confronto silencioso pode transformar nossa percepção da vida.


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Imagem/foto: site univer vídeo



Tem filmes que não são apenas entretenimento; são convites para olhar para dentro de si mesmo. Nefarious é um desses filmes. Ele se passa quase inteiramente em uma sala de interrogatório, mas não se engane: o espaço limitado não impede que ele abra um universo inteiro de questionamentos.


Assistindo, eu me peguei refletindo sobre escolhas, limites e sobre aquilo que a gente muitas vezes prefere ignorar na vida cotidiana. O filme me lembrou que nem tudo que influencia nosso dia a dia é visível ou fácil de compreender. E, curiosamente, quanto mais me envolvia na trama, mais pensava em como pequenas ações e decisões moldam nosso próprio caminho – sem precisar de fórmulas prontas ou respostas definitivas.


O filme acompanha o Dr. James Martin, um psiquiatra chamado para avaliar Edward Wayne, um homem condenado à morte. O que chama atenção é a forma como o roteiro constrói o diálogo: em vez de ação frenética, temos um duelo de palavras, onde lógica e crença se encontram e se confrontam. Edward afirma estar possuído por um demônio chamado Nefarious, e o psiquiatra, naturalmente, encara a situação com ceticismo. Mas à medida que a conversa avança, algo curioso acontece: o filme não apenas questiona a mente de Edward, mas também a de Dr. Martin.


Eu percebi, enquanto assistia, que isso se conecta de certa forma à maneira como nos confrontamos com nossos próprios desafios internos. Às vezes pensamos que sabemos o que é certo ou errado, mas certas experiências ou pensamentos surgem para provocar reflexão, desconstruir certezas e ampliar perspectivas.


O que mais me impactou foram os diálogos sobre a natureza do mal, o livre-arbítrio e a responsabilidade pessoal. Nefarious não é um vilão típico; ele não age apenas com violência física, mas com sutileza, explorando fraquezas e induzindo questionamentos. Essa abordagem me fez pensar sobre como lidamos com nossas próprias escolhas e conflitos. Muitas vezes, a vida nos apresenta situações que parecem “fora do nosso controle”, mas que, na verdade, nos convidam a refletir sobre nossos valores, limites e prioridades. É curioso notar que, assim como o filme nos força a olhar para o invisível e o inesperado, na vida cotidiana podemos usar momentos simples de atenção e consciência para perceber o que realmente nos move. Cada palavra, cada decisão e cada atitude tem impacto – às vezes visível, outras vezes quase imperceptível.


O filme me lembrou também da importância do diálogo e da escuta profunda. Em uma sala fechada, sem distrações externas, cada palavra ganha peso. E é justamente isso que podemos aplicar em nossas próprias vidas: prestar atenção de verdade ao que nos cerca, às pessoas com quem convivemos e aos sinais internos que muitas vezes ignoramos. Percebi que quando dedicamos tempo para refletir e agir de maneira intencional, pequenas mudanças podem gerar grandes transformações. Como no filme, onde cada frase carrega significado e cada reação altera a dinâmica, na vida real, nossas escolhas diárias têm efeito acumulativo, mesmo que não percebamos imediatamente.


Embora Nefarious seja uma história extrema e dramática, a essência da mensagem me pareceu muito próxima de uma prática cotidiana de autoconhecimento. É sobre estar atento ao que nos move, reconhecer influências externas e internas, e fazer escolhas conscientes, sem pressa ou pressão. Durante a sessão de interrogatório, vemos que o psiquiatra é confrontado não só por Edward, mas por suas próprias convicções e dúvidas. Isso me lembrou que, em qualquer jornada pessoal, o mais importante não é a rapidez ou a perfeição, mas a constância e a disposição para aprender com cada passo, cada conversa e cada reflexão.


Terminei o filme pensando sobre como pequenas decisões e ações têm impacto no nosso bem-estar e clareza mental. Não é sobre confrontar demônios literais, mas sobre reconhecer aqueles internos e invisíveis, que moldam comportamentos, hábitos e pensamentos. A intensidade nos diálogos cria uma atmosfera quase claustrofóbica, mas justamente isso permite uma imersão profunda.


Nefarious é mais do que um thriller psicológico: é um convite para refletir, observar e agir de maneira consciente. Ele me lembrou que o diálogo, a atenção aos detalhes e a prática de pequenas escolhas conscientes são ferramentas poderosas para a vida. Não precisamos esperar crises extremas para repensar nossas ações. Às vezes, basta uma conversa profunda, uma reflexão sincera ou um momento de silêncio para perceber o que realmente importa. E isso, para mim, é o que transforma qualquer experiência – seja assistindo a um filme, seja vivendo cada dia com mais presença e clareza.


Se você gosta de histórias que vão além do entretenimento e provocam reflexão, Nefarious é um filme que vale cada minuto. Mais do que isso, ele me lembrou que cada dia é uma oportunidade de escrever um capítulo novo na nossa própria vida, com atenção, consciência e pequenas ações que, somadas, constroem algo significativo.


E essa reflexão é sobre o Nefarious da vida real, não do mundo espiritual.


Avaliação pessoal (notas 0/10):


  • Direção: 8

  • Roteiro: 9

  • Fotografia: 7

  • Trilha Sonora: 7

  • Mensagem: 10

  • Nota Final: 8.2


Até a próxima semana! 🙂🎦

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