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🔵🟢 A Falsa Liberdade de Escolha e a Jornada do Essencial: O Que Aprendi com "A Conspiração Consumista" (filme 7/48)

  • Foto do escritor: André
    André
  • 9 de abr.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 28 de ago.

Uma reflexão sobre a manipulação por trás do consumo.


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Imagem/foto: site cinema 10



Sempre acreditamos que temos total controle sobre nossas escolhas, principalmente as de aquisição. Eu mesmo, achava que, se eu comprava algo, era porque eu queria ou precisava. Essa era, e ainda é, a minha verdade. Mas, depois de assistir ao documentário "A Conspiração Consumista" na Netflix, meu jeito de pensar mudou....não, nem tanto, mas reforçou o que muitos de nós já sabemos sobre o consumo.


O doc me mostrou que muitas das minhas decisões, e talvez das suas também, são cuidadosamente manipuladas. A verdade é que a gente vive uma ilusão de liberdade, onde cada clique e cada compra já foram programados para nos manter em um ciclo interminável de consumo.


Esse filme de 2024 é um soco no estômago. Ele mostra como grandes empresas usam algoritmos e truques psicológicos para influenciar nosso comportamento de compra. Eles não estão competindo para criar o melhor produto, mas sim para ver quem consegue nos enganar de forma mais eficiente. A "obsolescência programada" vai muito além de um celular que para de funcionar em dois anos; é um sintoma de um sistema que nos transforma em meros consumidores. A gente se define pelo que compra e por quão rápido substitui o que já tem, e isso é um problema.


O documentário me fez pensar em como o capitalismo, não só hoje mas como essência, não se baseia em satisfazer necessidades reais, mas em criar desejos. Ele promove um ciclo de compra e descarte que é insustentável. A nossa identidade é definida pelos produtos que compramos. A ética de trabalho, a criatividade e a inovação são subvertidas para servir a um único propósito: gerar mais dinheiro, não importa o custo para o meio ambiente ou para a sociedade.


Isso ressoa de uma forma muito forte com o que eu vivi e o que me levou a criar o X365. Antes do meu esgotamento, eu também estava preso nesse ciclo de "fazer mais, ter mais, ser mais, acontecer mais", até porque sempre fui assim, sempre gostei do "ir além" do meu próprio limite. Foi só quando o burnout/depressão chegou que eu entendi que precisava de uma mudança radical. A minha mente estava exausta, mas eu continuava tentando me encaixar em uma máquina de produtividade desenfreada.


A filosofia do minimalismo, que valoriza o tempo e as habilidades em vez do capital, é a minha forma de lutar contra essa "conspiração". É uma busca por uma vida intencional, que não é definida pelo que eu consumo, mas pelo que eu sou e pelo que eu contribuo. Em vez de comprar mais, o meu foco se reforçou em fazer mais: me reconectar, aprender e contribuir com a sociedade.


Um dos pontos mais críticos do documentário é como a reciclagem é apresentada como uma solução, transferindo toda a responsabilidade para o consumidor, enquanto as empresas continuam a produzir lixo em escala maciça. Eu vejo uma analogia clara com a jornada da autodescoberta. Muitas vezes, as soluções para a nossa vida são vendidas como "receitas prontas" ou "fórmulas mágicas", transferindo para nós a responsabilidade de "sermos felizes" de uma hora para a outra, sem um trabalho real.


O X365 não é uma receita pronta. Não tem atalhos. É um convite para você olhar para dentro, encontrar o que é essencial e agir de forma consciente. Assim como não podemos aceitar que a responsabilidade da reciclagem seja só nossa, também não podemos aceitar passivamente as "soluções" que nos são vendidas por aí. A verdadeira mudança vem de dentro, do nosso fazer diário, da nossa busca por um propósito genuíno.


A gente não tem controle total sobre o que as empresas fazem, mas temos total controle sobre o que consumimos — não só de produtos, mas de informações, de ideias e de valores. E esse projeto é sobre isso: escolher o que realmente nos serve, nos liberta e nos leva a uma vida mais plena, com menos excessos e mais significado. A verdadeira conspiração não é sobre um único produto que quebra, mas sobre um sistema inteiro que foi projetado para nos explorar. A revolução, então, é viver com menos para ter mais propósito.


A maior conspiração é aquela que nos convence de que não temos escolha. A maior revolução é a de quem decide, conscientemente, viver a vida no essencial.


Avaliação pessoal (notas 0/10):


  • Direção: 9

  • Roteiro: 9

  • Fotografia: 8

  • Trilha Sonora: 7

  • Mensagem: 10

  • Nota Final: 8.6


Até semana que vem!

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