🔵🟡 Quando a Morte Ensina a Viver
- André

- 23 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de set.
Um ritual silencioso que me reconecta com o essencial, e o próximo.
Vídeo/Imagem: youtube canal x365vida
De uns tempos para cá, eu tenho um hábito que pode parecer estranho para alguns, mas que para mim se tornou um ritual de reconexão. Eu visito, mensalmente ou bimestralmente, velórios/cemitérios de forma aleatória e, com todo o respeito, acompanho a dor de desconhecidos, e me permito levar uma palavra acolhedora, quando a situação permite.
É uma forma de ajudar o próximo, lidar com a dor e transformar o sofrimento em aprendizado, agora mais sistematizado dentro do meu projeto. É doloroso e triste, mas é necessário. Nessa minha última vez, por exemplo, acompanhei a dor da despedida de um adolescente e de um adulto. Podia ser o meu filho, o meu irmão, um amigo. Podia ser eu.
Observar a dor de pessoas anônimas, pais chorando a perda de seus filhos, filhos se despedindo de seus pais, caixões com bebês de semanas até idosos, me faz refletir sobre a fragilidade da vida e a importância do amor e respeito por cada instante vivido. Em meio às lágrimas, abraços e soluços, o velório se revela como um portal que nos leva a valorizar a brevidade da nossa passagem por aqui. Essa rotina se tornou um lembrete forte de que a vida é um sopro e que, depois que ela se esvai, nada mais tem valor.
Se a palavra não foi dita, se o abraço não foi dado, acabou. Não tem volta.
Temos urgência. Não de viver correndo, mas de viver com propósito. Quando a gente entende que cada instante é um presente único, a gente não tem mais tempo para brigar, para guardar rancor ou para se prender ao passado. É preciso sentir o sol na pele, o sabor da fruta, o toque de quem amamos. Cada uma dessas sensações fazem parte do projeto. O meu caminho de recomposição não é sobre o que eu conquisto, mas sobre o que eu sinto, o que eu vivo. É sobre me permitir errar, recomeçar, e valorizar as pequenas vitórias do dia a dia. Como a gratidão por uma conversa, por um olhar, por uma experiência que me aquece a alma. A gente precisa ser - e viver, por inteiro, e não pela metade. Isso vale para tudo: para o trabalho, para o lazer, para as nossas relações.
O que me motiva no X365 é a ideia de que o “fazer” de hoje é o que preenche o nosso futuro. Porque a certeza do fim nos convida a viver com mais verdade, com mais vontade. Não amar superficialmente, mas profundamente. Expressar nossa gratidão é a forma mais simples de dizer "sim" para a vida.
A gente não pode esquecer que hoje estamos aqui, amanhã talvez não. E eu não quero, em hipótese alguma, olhar para trás e ter a sensação de que não vivi com paixão, que não amei com intensidade, que não me perdoei. A vida é agora e ela não espera.
É um convite para você também viver e não apenas sobreviver.
É um hábito intenso, doloroso, mas, ao mesmo tempo, profundamente libertador.
É um lembrete cruel, mas necessário, de que a nossa maior riqueza é o tempo. E que a melhor forma de honrá-lo é vivendo com autenticidade.
Até a vida! 😘




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