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🟡 O Eco de um Chamado que Atravessa Continentes

  • Foto do escritor: André
    André
  • 3 de set.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 11 de set.

Uma história sobre encontrar o nosso lugar e a voz que nos move.


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Vídeo/Imagem: arquivo pessoal



Estar em Karbala, no Iraque, nunca é apenas uma viagem. É caminhar no meio de milhões de pessoas — mais de 25 milhões — que se reúnem na maior procissão de fé do mundo. Ali, cada passo carrega uma mensagem de resistência, espiritualidade e, sobretudo, humanidade.


Participei, junto de camaradas da América Latina e vários países do mundo, da 4ª Conferência Internacional do Chamado de Al-Aqsa. Não foi apenas um evento político, foi um encontro de vidas, de trajetórias, de sonhos que se cruzam na luta por justiça.


Eu faço parte da Campanha Global pelo Retorno à Palestina há mais de dez anos, representando o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra). Nesse tempo, aprendi que a solidariedade não é palavra bonita: é prática cotidiana, é estar junto mesmo a quilômetros de distância, é dar voz a quem tentam calar.


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Vídeo/Imagem: site campanha global


O povo palestino vive um genocídio. Não dá pra usar outra palavra. São massacres, fome, cerco, violações diárias. E ainda assim, a resistência segue. Ver isso de perto, ouvir histórias de Gaza, da Cisjordânia, de Jerusalém, é sentir no peito um chamado: não dá pra ficar neutro.


Na conferência, a gente se reuniu para coordenar esforços entre América Latina e Espanha. Estavam lá companheiros como Ismail Khalil, Vanina Biasi, Bassam Tajeddine, Jihad Shahwan, Christian Nader, Ingracia Rivera….e eu, André, do Brasil. A gente debateu como romper o bloqueio midiático, como ampliar a voz da Palestina em nossos países, como transformar solidariedade em ação.


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Vídeo/Imagem: arquivo pessoal


Em Karbala, tudo ganha outra dimensão. O contraste entre a fé profunda e o silêncio internacional diante da Palestina é gritante. Ali, eu senti que nossa missão é ainda mais urgente: unificar esforços, denunciar os crimes, mostrar ao mundo que a Palestina não está sozinha.


Essa jornada não é sobre política no sentido frio da palavra. É sobre humanidade. Sobre se recusar a aceitar que um povo seja apagado diante dos nossos olhos. E sobre acreditar que, quando muitos se unem em solidariedade, nenhuma muralha é intransponível.


Saio de Karbala com o coração pesado pela dor do povo palestino, mas também cheio de esperança. Porque vi, mais uma vez, que somos muitos. E que esse chamado é global.


Boa semana, e Palestina Livre! ✊🏼

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