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🟢 A Jornada da Narrativa e a Recomposição Pessoal: "Os Suspeitos" (filme 8/48)

  • Foto do escritor: André
    André
  • 16 de abr.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 28 de ago.

Uma reflexão sobre a verdade e a manipulação.


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Imagem/foto: site full cine plus



O cinema vai muito além do entretenimento. Ele é uma ferramenta poderosa para nos fazer pensar sobre a vida. Sempre. Escolhi mais um filme que já tinha visto anteriormente, “Os Suspeitos”, para fazer parte da minha lista, e ele me fez enxergar o quão fundamental - e importante, é a nossa capacidade de questionar o que nos é contado, e historicamente ensinado.


A trama é um labirinto. O filme, de 1995, é um thriller que se desenrola como um quebra-cabeça, e a gente, como espectador, se sente exatamente como o detetive: tentando encaixar as peças e desvendar um mistério. A história é contada por Roger "Verbal" Kint, um dos sobreviventes de uma explosão no porto de Los Angeles. Ele narra uma trama complexa sobre como ele e outros quatro criminosos se uniram e, sem querer, se envolveram com uma figura lendária e aterrorizante do crime: o misterioso Keyser Soze. A narrativa dele é tão detalhada e cheia de reviravoltas que a gente se perde em cada palavra, tentando separar a verdade da mentira. E aí, a gente percebe o quanto somos vulneráveis às histórias que nos são contadas, principalmente quando elas são bem construídas.


O que mais me marcou no filme foi a forma como ele nos engana. A gente acompanha a história do Verbal Kint, acredita na sua fragilidade e na sua versão dos fatos. Mas, no final, o filme dá uma guinada chocante, mostrando que tudo o que ele nos contou foi uma grande mentira. A narrativa dele foi uma ferramenta para manipular não só o detetive, mas também a gente que está assistindo.


Durante os meses de esgotamento/depressão que enfrentei, eu me sentia um refém das minhas próprias narrativas. A mente, sem eu perceber, me convencia de que não era capaz, de que não tinha um propósito concreto e de que a inércia seria a minha única realidade. Eu estava construindo a minha própria “história” para justificar o meu estado. E assim como no filme, eu precisei questionar a minha própria narrativa. A de agora e as que me foram ensinadas culturalmente.


O projeto X365 nasceu exatamente desse ponto de virada: a decisão de não ser mais um refém das minhas próprias "desculpas". A minha jornada de recomposição não é uma história que eu conto para os outros, aliás, conto pra mim mesmo, reverberando para os demais. A gente vive em uma época em que o digital está cheio de “Verbal Kints”, gurus que vendem receitas prontas e narrativas perfeitas, que muitas vezes não são reais. Eles constroem histórias para nos convencer de que a solução para a nossa vida está em algo externo.


A minha filosofia é o oposto. Eu não acredito em narrativas de perfeição ou em fórmulas mágicas. Eu acredito em “fazer”. O meu caminho não é sobre o que eu “deveria fazer”, mas sobre o que eu faço, de verdade, todos os dias. No X365, eu compartilho as minhas vitórias e desafios, sem máscaras. A minha paralisia cerebral, no caso, é a inércia que me assombrou, e a minha missão é provar que ela não pode me definir.


O Poder da Verdade e o Caminho do Essencial


“Os Suspeitos” é um filme que nos ensina a não aceitar as coisas como elas parecem ser. Ele nos desafia a olhar além da superfície e a buscar a verdade, não a que nos é contada, mas a que se revela quando a gente presta atenção nos detalhes. E é essa a essência da minha jornada: prestar atenção nos detalhes da minha vida, no que me nutre, no que me dá propósito.


A reviravolta do filme me fez pensar que, para me recompor de verdade, eu precisava parar de contar a mim mesmo a história de que eu estava “doente” ou “esgotado” e começar a viver a história de que eu estava em reconstrução.


Acreditar no que realmente importa, nos pilares do meu projeto (desenvolvimento pessoal, lazer, voluntariado e trabalho) é a minha forma de reescrever o meu próprio roteiro, de forma autêntica e sem manipulações.


O X365 é esse movimento de olhar para a vida com mais cuidado, mais consciência e menos "lengalenga". É um convite a você também questionar as narrativas que te paralisam e começar a construir uma história baseada na sua própria verdade.


Avaliação pessoal (notas 0/10):


  • Direção: 9

  • Roteiro: 10

  • Fotografia: 6

  • Trilha Sonora: 7

  • Mensagem: 9

  • Nota Final: 8.2


Até! 🙂

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